quinta-feira, 5 de maio de 2011

Poema para minha mãe



Estrela das primeiras alvoradas,
Guiando o berço entre canções antigas;
As rendas são de espuma cor do tempo,
E a voz é pura como a voz das ondas.

Roseira mansa desfolhando sonhos
Na grande estrada que conduz ao mundo,
Teus gestos são mais verdes que a esperança,
Tuas palavras são botões de rosas.

Flor do infinito, música tranquila,
destino conduzindo outro destino,
Entre manhãs de sol e noites frias;

Pousa teus olhos sobre meu caminho,
Para que em mim renasça, no crepúsculo,
A estrela que plantaste na alvorada...

(Paulo Bonfim)